26/04/2024

Alta de alimentos no varejo perde força neste mês

Alta de alimentos no varejo perde força neste mês

Supermercado - Foto Freepik

Entre as quedas, estão produtos básicos como arroz e pãozinho, segundo a Fipe.

O custo dos alimentos, principalmente o dos itens básicos, perde força neste mês. A alimentação, que havia terminado março com aumento de 0,8%, está com elevação de 0,5% no acumulado dos últimos 30 dias até 23 deste mês.

Essa queda reflete preços menores no campo nos primeiros meses deste ano. Em abril, no entanto, parte das commodities parou de cair de preços e houve, inclusive, altas. Isso pode refletir nos preços no varejo nas próximas semanas.


O arroz, que ainda acumula 30% de alta nos últimos 12 meses, teve queda de 2,1% em 30 dias. Os dados, correspondentes à terceira quadrisemana, são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e foram divulgados nesta quinta-feira (25).

A queda nos preços internos do arroz ainda não é consistente. A colheita avança, mas a procura pelo cereal em casca aumenta no Sul, segurando os preços no campo.

Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a saca do cereal no Rio Grande do Sul, mesmo com o avanço da colheita, está em R$ 105, com alta de 6% neste mês.

Os preços recuam, entretanto, no mercado externo, devido à melhor oferta do cereal em países asiáticos, o que pode inibir um volume maior de exportação.

O feijão, com a oferta do produto da segunda safra, recua 3,7% nos supermercados, após alta de 4% em março.

O óleo de soja ainda mantém queda, mas em ritmo menor. Os dados mais recentes da Fipe apontam retração de 0,8%, abaixo da queda de 3,6% de março. A saca de soja parou de cair e acumula alta de 4,4% neste mês no Paraná.

Outra novidade é a desaceleração de preços do pãozinho, produto que passou por um período de alta devido a questões geopolíticas e a quebra externa e interna de safra. O consumidor de São Paulo está pagando menos também pelas proteínas animais, com quedas nas carnes, ovos e leite, segundo a Fipe.

Alguns itens como café, farinha de mandioca e laranja, porém, mantêm uma escalada nos preços. A laranja, com menor oferta neste período de entressafra, já acumula 20% no ano e 34% em 12 meses (Folha, 26/4/24)