13/12/2017

Área plantada vai cair em 2018, e preço de alimento poderá subir

 Colheita de milho no MT; áreas terão redução em 2018

Os novos números da safra de grãos divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta terça-feira (12) trazem uma preocupação.

O custo dos alimentos poderá subir em 2018, principalmente o dos básicos. Neste ano, ocorreu o contrário. Os alimentos pesaram pouco no bolso do consumidor e impediram uma evolução da taxa de inflação.

Para a Conab, o Brasil estará semeando na safra 2017/18 a menor área com arroz desde a década de 1970, início da série histórica dos números do órgão.

A área destinada ao feijão na primeira safra —são três no ano— fica próxima de 1 milhão de hectares, a segunda menor desde os anos 1970. O abastecimento interno passará a depender de uma boa evolução das outras safras.

As más notícias vêm também da produção de trigo. A área caiu, e a produção do cereal deverá ficar em 4,3 milhões de toneladas neste ano, a menor em dez anos.

O Brasil consome 11,2 milhões de toneladas de trigo por ano. Para atender a demanda interna, o país terá de importar acima de 7 milhões de toneladas.

Outra preocupação é com o milho, cuja área da safra de verão também é a menor desde a década de 1970. Área e produção menores na safra de verão colocam um peso grande no resultado da chamada safrinha, a safra de inverno. Este é, no entanto, um período de risco para a produção de milho.

O grande destaque da safra 2017/18 fica por conta da soja. A área semeada atingirá o recorde de 35 milhões de hectares, 3% mais do que na safra 2016/17.

A oleaginosa avança sobre as áreas de arroz, feijão e milho, cujos preços não agradaram aos produtores neste ano. Mesmo com área maior, a produção de soja do próximo ano será menor do que a deste.

Na avaliação da Conab, serão produzidos 109 milhões de toneladas de soja em 2018, abaixo do recorde de 114 milhões deste ano.

A safra total de grãos cai para 226,5 milhões de toneladas em 2017/18, com queda de 11,2 milhões de toneladas em relação à de 2016/17. Neste ano, a produção havia superado em 51 milhões a de 2015/16.

As principais quedas na produção de 2018 serão arroz (6%), feijão da primeira safra (18%) e milho (6%). A soja, com produtividade menor, recuará 4% (Folha de S.Paulo, 13/12/17)


Produção de grãos deve passar de 226 milhões de toneladas

A safra de grãos 2017/2018 está estimada em 226,5 milhões de toneladas. Os  números representam um recuo de 4,7% em relação à safra passada, de 237,7 milhões de t., considerada um feito excepcional do setor agrícola brasileiro. Mas a expectativa é de comportamento semelhante ao de ciclos anteriores, tendo como aliado o clima que favorece o bom desenvolvimento dos cultivos. A previsão está no 3º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018, divulgado nesta terça-feira (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O plantio das principais culturas já terminou. Soja e milho continuam com a preferência do produtor, e respondem por cerca de 89% dos grãos produzidos do país. A soja deve alcançar 109,2 milhões de toneladas contra 114,1 milhões/t do último período. Já a expectativa para o milho total é de 92,2 milhões, contra 97,8 milhões/t distribuídos entre primeira e segunda safras no período 2016/2017. A primeira safra pode alcançar números menores no ciclo atual e ficar em 25 milhões de t, enquanto que a segunda safra pode alcançar 67,2 milhões de toneladas, quase igualando ao registro da produção passada de 67,4 milhões/t. Por outro lado, o algodão em pluma deve alcançar 1,7 milhão de toneladas, com aumento de 10,5% na produção e de 11% na área, marcando números próximos a mil hectares.

No caso da área total plantada, favorecida pelo aumento do plantio de algodão e principalmente da soja, estima-se um aumento de 0,9%, podendo chegar a 61,5 milhões de hectares. A soja, graças à maior liquidez e a possibilidade de melhor rentabilidade em relação a outras culturas, deve ter uma elevação média de 3,1%, podendo alcançar 35 milhões de hectares - aumento de 1 milhão de hectares frente a 2016/2017.  Já a área do milho primeira safra deve diminuir 9,6%, o que vai refletir na área total da cultura, estimada  em uma redução de 528 mil hectares. 

Quanto à produtividade, os números se baseiam em análises de séries históricas, levando-se em conta que a safra ainda está em fase de plantio. Apenas a soja conta com informações colhidas em campo, que  apontam para uma produtividade de 3.123 kg/hectares contra 3.364 da safra anterior.

 A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, do dia 14 a 25 de novembro (Assessoria de Comunicação, 12/12/17)


Safra de grãos em 2017 será de 241,9 milhões de toneladas, estima IBGE

Previsão é de alta de 30,2% sobre a produção de 2016; área a ser colhida deverá ser de 61,2 milhões de hectares

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas na safra de 2017 deve chegar a 241,9 milhões de toneladas, de acordo com a 11ª estimativa do IBGE para a nova safra. Se confirmada, a produção será 30,2% superior à de 2016 (184 milhões de toneladas).

A estimativa da área a ser colhida (61,2 milhões de hectares) subiu 7,2% frente à área colhida em 2016 (57,1 milhões de hectares). 

Regionalmente, a décima estimativa aponta a seguinte distribuição, em toneladas: 

• Centro-Oeste: 106,0 milhões (41,0% acima da safra anterior)
• Sul: 85,2 milhões (+16,1%)
• Sudeste: 24,0 milhões (+16,4%)
• Nordeste: 17,9 milhões (+86,2%)
• Norte: 8,8 milhões (+25,1%)

O Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 26,2%, seguido pelo Paraná (17,2%) e Rio Grande do Sul (15,1%), que, somados, representaram 58,5% do total nacional previsto.

Dentre os 26 produtos selecionados para o levantamento, 15 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação à safra anterior (produção prevista em toneladas):

• algodão herbáceo em caroço: 3.838.730 toneladas (10,9% acima da safra anterior)
• amendoim em casca 1ª safra: 531.217 (+4,3%)
• arroz em casca: 12.467.518 (+17,4%)
• batata inglesa 1ª safra: 1.968.761 (+6,8%)
• batata inglesa 2ª safra: 1.229.968 (+8,6%)
• batata inglesa 3ª safra: 1.010.283 (+15,5%)
• café em grão canephora: 684.108 (+45,3%)
• cebola: 1.724.600 (+4,1%)
• feijão em grão 1ª safra: 1.574.873 (+39,3%)
• feijão em grão 2ª safra: 1.197.593 (+26,8%) 
• laranja: 17.264.599 (+0,1%)
• milho em grão 1ª safra: 31.045.294 (26,9%)
• milho em grão 2ª safra: 68.511.059 (72,7%)
• soja em grão: 114.968.060 (+19,4%)
• sorgo em grão: 2.147.062 (82,6%)

Com variação negativa:

• amendoim em casca 2ª safra: 9.978 t (-82,0%)
• aveia em grão: 873.242 (-0,6%)
• cacau em amêndoa: 213.544 (-0,1%)
• café em grão arábica: 2.097.002 (-17,7%)
• cana-de-açúcar: 714.875.777 (-7,0%)
• cevada em grão: 376.943 (-0,6%)
• feijão em grão 3ª safra: 529.942 (-2,1%)
• mamona: 11.855 (-51,8%)
• mandioca: 20.635.164 (-2,1%)
• trigo em grão: 5.117.248 (-25,1%)
• triticale em grão: 44.623 (-3,5%) (Cidade Biz, 13/12/17)