27/03/2024

Gripe aviária em vaca leiteira traz cenário preocupante nos EUA

Gripe aviária em vaca leiteira traz cenário preocupante nos EUA

Gripe aviária em vaca leiteira- Bing Guan Reuters

Gripe aviária foi constatada em vacas leiteiras nos EUA nesta semana 

 

Doença é trazida por aves silvestres, segundo Departamento de Agricultura do país.

Após dois anos e dois meses lutando contra a gripe aviária, responsável pela eliminação de 82,1 milhões de aves no país nesse período, os Estados Unidos enfrentam um novo desafio.

A doença, de rápida propagação, foi constatada também em cabras, na semana passada, e em vacas leiteiras, nesta semana. É um novo desafio que os americanos vão ter de lidar a partir de agora.

O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já constatou a influenza aviária em vacas leiteiras de três estados: Texas, Kansas e Novo México.

Um dos principais temores é que a gripe aviária nas vacas provoque o mesmo efeito que tem nas aves, levando-as à morte ou à necessidade de abate.

A influenza, constatada em 8 de janeiro de 2022 nos Estados Unidos, já registrou 1.115 focos da doença, 473 deles em granjas comerciais.

Quando a doença em aves parecia perder força, uma vez que nos últimos 30 dias foi constatado apenas um foco em área comercial, ela avança sobre os mamíferos.

O Usda alerta que o risco de transmissão da doença para humanos com o consumo do leite é baixo, uma vez que ele não é consumido "in natura", mas pasteurizado.

O vírus nas vacas é transmitido por secreção ou fezes de aves silvestres. O Usda verificou várias aves desse tipo mortas nas propriedades afetadas pela doença.

Quando uma propriedade é afetada, os sintomas apresentados pelos animais são diminuição da lactação, queda no apetite e mudanças no leite.

A doença ocorre em vacas mais velhas e, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, é pequena ou nenhuma a mortalidade de animais. A ocorrência da influenza aviária em vacas é preocupante porque há a possibilidades de uma evolução do vírus, segundo pesquisadores.

Uma das preocupações é que haja uma transferência do vírus de um animal para outro (Folha, 27/3/24)