09/04/2018

Lavouras de goiaba avançam sobre áreas de cana e laranja em SP

Lavouras de goiaba avançam sobre áreas de cana e laranja em SP

Área de cultivo da fruta aumentou 11%. As lavouras de cana e laranja cresceram menos de 3% na região central do estado.

Uma fruta que está ganhando espaço e animando os produtores: a goiaba. A colheita já começou em uma fazenda de 80 hectares em Matão, região central de São Paulo. São 30 mil pés de goiaba vermelha. Neste ano, o produtor Antonio Tadiotti espera uma produção maior.

“A nossa expectativa é de oito mil toneladas e isso representa 20% a mais do que o ano anterior. E graças, justamente, ao fator climático. Então tivemos chuva na hora certa. Tudo favoreceu”, explica o produtor.”

 

A safra de goiaba deve ser 9% maior que no ano passado, segundo a secretaria estadual de Agricultura.

O estado de São Paulo é o maior produtor do Brasil. São cerca de 150 mil toneladas por ano. Cada vez mais agricultores têm apostado na fruta. A região central paulista, por exemplo, que é tradicional área produtora de cana-de-açúcar e de laranja, vem se destacando com o cultivo da goiaba.

De 2016 para 2017, em todo o estado, enquanto a área plantada de cana aumentou 0,5% e o número de pés de laranja cresceu 2,5%, o de pés de goiaba subiu 11%. Tadiotti trocou a laranja pela goiaba. Nos últimos anos, substituiu 50 hectares.

“Uma caixa de goiaba, hoje, como essa, equivale, em preço, 30% a mais do que uma caixa de laranja. Fora o aspecto que na cultura, na produtividade de um pé de goiaba, ele é quatro vezes maior do que um de laranja.”

O agricultor Lucas do Carmo espera um aumento de 15% na produção e está animado com o preço. “Ano passado a gente estava recebendo a R$ 6,40 o preço da caixa com 20 quilos. Esse ano a gente espera vender a R$ 6,60.”

A compra está garantida. Toda produção vai para uma indústria de alimentos, que recebe mil toneladas de goiaba por dia de produtores da região. Do total, 20% viram polpa. O resto vai para fabricação de doces, como goiabada.

A colheita da goiaba vai até o final de abril (Globo Rural, 8/4/18)