30/04/2024

Protestos dos produtores do agro contra Lula ecoam e ampliam crise política

Protestos dos produtores do agro contra Lula ecoam e ampliam crise política

 

Os protestos contra o governo Lula promovidos nas últimas horas em Ribeirão Preto (SP) marcam um novo “front” do agronegócio brasileiro na batalha que teve início no ano passado com a desistência do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, de participar da cerimônia de abertura da Agrishow. Em seguida, Lula veio a público e taxou os produtores rurais de “fascistas”.

 

A crise neste domingo em três momentos distintos: o primeiro, quando a partir das 10h, Bolsonaro acompanhado dos governadores de São Paulo, Tarcisio de Freitas e de Goiás, Ronaldo Caiado, se reuniu com produtores rurais em ato público convocado e organizado por Paulo Junqueira, presidente do Sindicato e da Associação Rural de Ribeirão Preto e também presidente da Assovale – Associação Rural do Vale do Rio Pardo.

 

Ambos os governadores declinaram do convite para participarem da cerimônia oficial de abertura da Agrishow para estarem ao lado de Bolsonaro na manifestação púlica com os produtores rurais. Na manhã desta 2ª feira (29) eles visitaram a feira ao lado  do ex-presidente e foram muito aplaudidos pelos expositores e pelo público visitante.

 

Já o outro momento da insatisfação do agro com Lula se deu na noite de domingo, durante o evento Agrotalk realizado no hotel  Mont Blanc, em Ribeirão Preto e que contou com a presença além de Bolsonaro e dos governadores Tarcisio de Freitas e Ronaldo Caiado, de políticos e personalidades ligadas ao agronegócio, como o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, da senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) e o empresário Maurilio Biagi.

 

Não faltaram críticas ao governo Lula e sua condescendência com os atos criminosos que vem sendo praticados pelo MST – Movimento dos Sem Terra com invasões em áreas públicas e privadas. “A insegurança jurídica provoca um clima de instabilidade que afeta a nós produtores rurais que produzimos a metade de tudo que o Brasil exporta”, afirmou Paulo Junqueira.

 

Ele também criticou a estrutura de representatividade das instituições que deveriam representar os produtores rurais. “Temos que repensar esta estrutura pois não há nenhum sentido vermos  entidades como a Faesp/Senar – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo ser comandada pelo mesmo presidente há meio século”, referindo-se a Fábio Meirelles que tenta impor seu filho Tirso como seu sucessor. Na próxima 3ª feira (6) o Tribunal Regional do Trabalho julga o processo de denúncias de irregularidades nas eleições da entidade.

 

Aldo Rebelo, atual secretário das Relações Internacionais da Prefeitura Municipal e responsável pela aprovação do Código Florestal Brasileiro também se manifestou e elogiou o crescimento da bancada do agronegócio na Câmara Federal. “Começamos com 30 parlamentares – afirmou dirigindo-se ao governador Ronaldo Caiado – e hoje a bancada já reúne mais de 300 deputados”. Os governadores Tarcisio e Caiado elogiaram o legado de Bolsonaro com a implementação de políticas públicas que alavancaram o crescimento e o protagonismo do agro (Da Redação, 30/4/24)