25/11/2019

CNC: Balanço Semanal de18 a 22/11/2019

   CNC: Balanço Semanal de18 a 22/11/2019

CNC fecha parcerias para otimizar renda ao produtor

Após acordo com a Asbraer, Conselho está em vias de consolidar parcerias com Anater e IICA

O Conselho Nacional do Café (CNC) vem realizando uma série de negociações e parcerias, em novembro, para potencializar seu foco de atuação na geração de renda ao cafeicultor do país.

Pensando na redução dos custos de produção, o presidente da entidade, Silas Brasileiro, recebeu, no dia 13, o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ademar Silva Junior, e o assessor técnico da estatal, Juarez Tavora.

"Tratamos de uma parceria com a Anater para a implantação de projetos na área de assistência técnica e extensão rural que, entre outros pontos, permitam aumentar a competitividade e a renda de pequenos e médios produtores de café, visando à redução de custos por meio da otimização do trabalho no campo", destaca.

O presidente do CNC recorda que já há sinergia nesse sentido com a Associação Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), com quem o Conselho assinou acordo de cooperação técnica e vem realizando diversas atividades voltadas aos extensionistas das estatais e das cooperativas e a produtores de café.

"O clima é uma preocupação constante para o cafeicultor brasileiro, por isso, através da parceria com a Asbraer, realizamos, na quinta-feira passada (14), um webinário com o Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet), que apresentou o histórico e a previsão do tempo para o cinturão cafeeiro", aponta.

O CNC também atuou em relação ao aprimoramento dos números da cafeicultura nacional. No dia 12, a entidade, os membros de seu Comitê de Estatísticas e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para exposição e alinhamento dos trabalhos de metodologia de levantamento de custos de produção de café arábica e conilon utilizada pela estatal, em Brasília (DF).

“No encontro, foram detalhados os pacotes tecnológicos, regiões consideradas e como são feitas as atualizações semestrais pela Companhia. Nosso objetivo foi aprimorar as estatísticas da cafeicultura brasileira e trazer uma transparência ainda maior ao mercado”, revela Silas Brasileiro.

Em relação a questões voltadas à sustentabilidade, o CNC vem estruturando uma parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Também na semana passada, o presidente do Conselho se reuniu com Hernan Chiriboga, representante da organização no Brasil. "O contato visa ao fechamento de parceria entre as entidades, de forma a se alcançar renda adicional a cafeicultores por prestação de serviços ambientais", antecipa.

Com base nas atividades e parcerias que está firmando, o CNC elaborou uma agenda positiva de trabalho para a cafeicultura nacional, a qual tem foco voltado à geração de renda aos produtores e a entregou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

"Temos três formas para gerar renda ao cafeicultor: reduzir custos, obter novas fontes pagadoras por serviços sustentáveis e trabalharmos em conjunto com as indústrias de torrefação, para ampliarmos o consumo interno, e de solúvel, para a abertura e conquista de novos mercados, e com os exportadores, que fomentam nossos embarques como um todo. Apresentamos nossas ideias à ministra, que é grande aliada da cafeicultura brasileira, e certamente contaremos com o apoio institucional do Mapa para a realização de grandes e impactantes ações aos Cafés do Brasil", finaliza o presidente do CNC.

Café tem semana positiva nos mercados internacionais

Ganhos foram motivados pela sensação de déficit na oferta global, puxado pela menor safra do Brasil

Os contratos futuros do café acumularam ganhos ao longo desta semana, sendo impulsionados pelos fechamentos de quarta-feira (20) e ontem, quando romperam resistências devido à perspectiva de agentes que haverá déficit na oferta global, em função da menor safra do Brasil, ainda que esses fundamentos não sejam novos.

Diante dessa sensação, as posições vendidas líquidas especulativas foram reduzidas da segunda quinzena de outubro para cá, fornecendo suporte. Na Bolsa de NY, o vencimento mar/2020 avançou 660 pontos, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,1625 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento jan/2020 do robusta subiu US$ 4, negociado a US$ 1.402 por tonelada.

Com o mercado focado nesses fatores, o desempenho do dólar ficou de lado. No acumulado da semana, a moeda permaneceu praticamente estável (-0,02%) e fechou a sessão de quinta-feira a R$ 4,1927.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma nova frente fria avança para o Sudeste no sábado, provocando pancadas de chuva, com riscos de temporais, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Sul de Minas Gerais.

No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) cita que as cotações do arábica acompanharam o movimento internacional e alcançaram o maior valor desde 14 de março de 2017 em termos nominais, cenário que atraiu agentes e elevou a liquidez interna. Para o robusta, os preços permaneceram estáveis e, assim, a liquidez segue limitada.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon situaram-se em R$ 490,53 por saca e R$ 312,02/saca, respectivamente, com variações semanais de 4,1% e -0,04% (Assessoria de Comunicação, 22/11/19)