A irrelevância de Tirso Meirelles em Paris;TV BrasilAgro foca a Nova Faesp

Presidente sub judice Tirso Meirelles, da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar, aparece na foto mas não é citado no “press release” oficial Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária – CNA e nem na reportagem do site Poder360
A irrelevância de Tirso Meirelles, presidente sub judice da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar alcançou a Confederação Nacional da Agricultura – CNA. Prova disto é a nota oficial produzida e divulgada pela Assessoria de Comunicação da entidade distribuída à imprensa nacional e internacional (publicada na íntegra abaixo) que omite seu nome e a sua presença na 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OMSA - Organização Mundial da Saúde Animal, realizada nesta 5ª feira (29) em Paris.

O presidente sub judice da Faesp/Senar Tirso Meirelles e Juliana Farah do grupo “Semeadoras do Agro” em festa promovida em Sertãozinho (SP). O casal viajou a Paris mas não ganhou uma linha sequer no comunicado oficial da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária – CNA e nem mesmo no site oficial da Faesp/Senar. Foto Divulgação Sebrae/SP
Tirso Meirelles viajou à capital francesa acompanhado de sua companheira Juliana Farah (@jujufarah) e o tour turístico não mereceu também sequer uma linha no site da Faesp/Senar. “O moço está presidente da Federação da Agricultura mas não têm o respeito dos verdadeiros e autênticos produtores rurais paulistas”, afirmou um dirigente sindical ligado ao movimento de oposição “Nova Faesp” coordenado por Paulo Junqueira, advogado e produtor rural, presidente do Sindicato e Associação Rural de Ribeirão Preto e da Assovale – Associação Rural Vale do Rio Pardo.
“Sua eleição em dezembro de 2023 foi anulada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, assim como a sua tentativa de auto posse no Theatro Municipal de São Paulo no último dia 14 de abril de 2024 foi suspensa e impedida pelo mesmo tribunal. Ele se mantém no cargo com ações de efeito suspensivo mas não têm nem o nosso respeito e muito menos no apoio. Na verdade, ele envergonha a classe produtora rural do Estado de São Paulo”, acrescenta o dirigente.
TV BrasilAgro destaca o movimento “Nova Faesp”
A TV BrasilAgro dedica seu último programa (https://www.brasilagro.com.br/conteudo/programa-n-479-entrevistas-com-paulo-junqueira-guilherme-piai-ricardo-salles-e-luca-bove-com-foco-na-faespsenar.html e link no www.brasilagro.com.br) ao movimento “Nova Faesp” e apresenta entrevistas com Paulo Junqueira, Guilherme Piai secretário da Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo e os deputados Ricardo Salles (Novo/SP) e Lucas Bove (PL).
O secretário da Agricultura Guilherme Piai revela na entrevista que “infelizmente não temos nenhuma parceria consolidada com a federação da agricultura o que é lamentável dado o protagonismo deste que é o setor mais dinâmico da economia do nosso Estado que lidera as exportações do agro brasileiro”. Já o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles defende uma maior participação dos produtores rurais na política nacional.
O deputado Lucas Bove enalteceu a importância de Paulo Junqueira que vem se destacando como líder dos produtores rurais não apenas do Estado de São Paulo mas do País: “Ao contrário do que, infelizmente, assistimos na Faesp/Senar, Paulinho Junqueira e sua família produzem e impulsionam o desenvolvimento do agro nos Estados de São Paulo, Paraná e no Piauí, na região formada pelo Matopiba”, ressaltou.
O mesmo programa traz também reportagem que mostra a reunião de dirigentes e lideranças sindicais promovida no último dia 1º de maio no auditório da Secretaria da Agricultura de São Paulo no recinto da Agrishow. O evento foi seguido de uma manifestação feita em frente ao estande da Faesp/Senar na feira no qual os produtores pedem “Eleições Já”, “Transparência Já” e “Chapa com autênticos produtores rurais”. No mesmo local, o líder rural Paulo Junqueira proclamou com o apoio dos manifestantes o “Fora Tirso”.
Para CNA, Brasil livre de aftosa sem vacinação é uma conquista histórica para a pecuária e para o país
Por CNA - Brasília e Paris (29/05/2025)
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, avaliou que o reconhecimento internacional do País como livre de febre aftosa sem vacinação é uma conquista histórica para os produtores rurais e para todos os brasileiros.
Uma comitiva de representantes do Sistema CNA/Senar acompanhou o anúncio do novo status sanitário feito na quinta (29), em Paris, pela Organização Mundial da Saúde Animal durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OMSA.
O vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, a senadora Tereza Cristina, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a diretora de Relações Internacionais, Sueme Mori, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, estiveram na sessão da OMSA na capital francesa.
Presidentes de Federações de agricultura e pecuária estaduais e representantes do Sistema CNA/Senar também acompanharam o anúncio.
Segundo João Martins, o novo status sanitário é resultado de uma campanha de anos e de um esforço conjunto que envolveu os pecuaristas, as Federações, sindicatos, os Estados, governos e políticas públicas voltadas para a erradicação da doença no rebanho em todo o território nacional.
“O anúncio feito hoje, de Brasil livre de aftosa sem vacinação, é um reconhecimento desse esforço, uma grande conquista. Mais do que nunca, o Brasil pode vender carne, um produto de altíssima qualidade, para qualquer país do mundo.”
Para o vice-presidente da CNA, Gedeão Pereira, o reconhecimento é um passo importante para a pecuária nacional e traz ainda mais responsabilidades para o setor público, privado e, principalmente, para os produtores rurais, que são os verdadeiros protagonistas desse avanço.
“Todo o setor de carne se beneficia desse progresso. Temos que cuidar do nosso rebanho ainda mais. O mercado internacional exige quantidade, rapidez e qualidade no fornecimento dos alimentos”, afirmou Gedeão.
Já a senadora Tereza Cristina destacou que a conquista do certificado vem sendo construída com muitas mãos ao longo dos anos e agradeceu a todos os envolvidos no processo de erradicação e vigilância da febre aftosa. “Hoje é um dia histórico, de emoção e muita gratidão a todos que participaram desse momento para que tivéssemos o certificado na mão”.
Tereza Cristina reforçou a necessidade de continuar trabalhando para manutenção do status declarado pela OMSA. “Os produtores rurais conquistam um status diferente, podendo acessar mercados mais exigentes, que pagam mais pela carne e que, sem esse status, não poderiam ser alcançados”. A senadora concluiu que “o Brasil continuará no rumo da produção da carne bovina de qualidade, fazendo a diferença”.
O presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, afirmou que o reconhecimento internacional mostra que o Brasil é um produtor consciente, responsável e que preserva o meio ambiente. “Esse status reforça a característica de qualidade da nossa carne, e pode abrir novos mercados para os produtores rurais”.

Ação conjunta – O reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa, sem vacinação, reforça o compromisso do setor agropecuário, dos produtores rurais, com relação à sanidade de seus rebanhos e com a qualidade dos produtos ofertados aos mercados compradores.
E, para a CNA, é fruto de um esforço conjunto de anos entre o Estado e o setor privado e de ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, de acordo com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).
O processo de retirada da vacinação foi conduzido de forma segura, com base na evolução dos estados com relação ao cumprimento de requisitos mínimos. Durante os cerca de dez anos de execução do PNEFA foram realizados estudos soroepidemiológicos que apontaram para a não circulação do vírus no país.
A realização desses estudos é condição obrigatória para a solicitação de reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial da Saúde Animal.
Apesar de retirar a vacina, o Brasil continuará com as ações de vigilância e controle sanitário do rebanho. Para a CNA, é fundamental o papel dos pecuaristas e seus colaboradores, que estão na linha de frente e têm a responsabilidade de notificar o Serviço Veterinário Oficial (SVO) (Assessoria de Comunicação da Confederação Nacional da Agricultura; 29/5/25)
Sem governo, Brasil é declarado em Paris livre da febre aftosa

Título foi entregue nesta 5ª feira a representantes do agro brasileiro e à ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina.
A OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) declarou oficialmente o Brasil livre da febre aftosa sem vacinação nesta 5ª feira (29.mai.2025), durante a 92ª Assembleia Geral da entidade, realizada em Paris, na França. O reconhecimento marca o fim de um processo de décadas de combate à doença que afetava o rebanho bovino brasileiro e prejudicava a abertura de novos mercados.
O governo federal não enviou representantes de alto escalão ao evento. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não participou da cerimônia –ele deve acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem à capital francesa na próxima semana. A viagem do secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, chegou a ser programada, mas foi cancelada, como consta no DOU (Diário Oficial da União) de 23 de maio.
O certificado foi entregue ao diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Marcelo Mota. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, estarão na França. Será feita uma cerimônia de entrega pela presidente da OMSA, Emmanuelle Soubeyran. Com a ausência do governo, a principal autoridade brasileira presente foi a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura do governo Jair Bolsonaro (PL) e representante da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária).
“Dia histórico, aqui em Paris, na sede da Organização Mundial de Saúde Animal, para ver o nosso país, o Brasil, receber o certificado de livre de aftosa sem vacinação. Foram 20 anos de muito trabalho entre Ministério da Agricultura e os Estados envolvidos para que chegássemos a esse momento. Agora, vamos atingir mercados diferenciados, mercados que pagarão mais pelas nossas carnes”, afirmou.
Tereza Cristina pregou a manutenção do modelo de gestão interno que levou à erradicação da doença. “Daqui para frente, é trabalhar mais duro ainda pela manutenção desse status. E o Brasil, eu tenho certeza, continuará no rumo da produção da carne bovina de qualidade, com status sanitário alto.” O presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), João Martins, ressaltou o longo esforço conjunto entre produtores, Estados e governo federal:
“Hoje é um dia histórico para o Brasil, para os produtores rurais, principalmente para o pecuarista brasileiro. […] É uma campanha que viemos fazendo há anos, há mais de 20, há 40 anos e no qual os produtores rurais, o Estado, o governo se empenharam em tirar do rebanho brasileiro essa chaga que era aftosa.”
Martins também celebrou os impactos econômicos da certificação: “Hoje o Brasil pode vender a carne para qualquer país sabendo que está vendendo um produto de alta qualidade e livre de aftosa. […] É uma grande conquista para nós brasileiros e para os produtores rurais.”
SETOR RECLAMA DE ABANDONO
A ausência do governo federal na cerimônia foi criticada por representantes do setor. A CNA relatou dificuldades de credenciamento junto à OMSA por falta de interlocução do Ministério da Agricultura. O evento reuniu comitivas de diversos Estados, como Mato Grosso, Pernambuco, Piauí e Amazonas, que foram protagonistas na suspensão da vacinação e na adequação sanitária dos rebanhos.
O Brasil já havia se autodeclarado livre da febre aftosa sem vacinação no início de 2024, mas o reconhecimento oficial internacional era aguardado para consolidar o novo status sanitário. A certificação deve ampliar o acesso do país a mercados exigentes, como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, e elevar o valor agregado das exportações de carne bovina (Poder 360, 29/5/25)

