05/01/2021

Açúcar bruto atinge maior nível em quase 3 anos e meio

Açúcar bruto atinge maior nível em quase 3 anos e meio

Legenda: O adoçante acumulou ganho de 15% no ano passado (Imagem: REUTERS/Peter Nicholls)

Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE superaram a marca de 16 centavos de dólar nesta segunda-feira, atingindo o maior nível em quase três anos e meio, diante de ofertas apertadas e das posições de fundos em commodities, com apostas de que o avanço das vacinas contra o coronavírus acabará levando a economia global ao crescimento.

Os futuros do café arábica terminaram a sessão em baixa.

Açucar

O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 1,7%, a 15,76 centavos de dólar por libra-peso, após tocar uma máxima de 16,13 centavos durante a sessão, maior nível desde maio de 2017.

O adoçante acumulou ganho de 15% no ano passado.

Fundos estão aumentando as posições compradas em commodities como o açúcar, disseram operadores, acrescentando que as vendas por produtores, enquanto isso, deverão ser comparativamente limitadas.

As ofertas de açúcar estão apertadas porque o maior produtor do mundo, o Brasil, está em período entressafras, enquanto o fluxo de exportações da Índia não é capaz de compensar os atrasos no início da temporada e a produção na Tailândia segue decepcionante.

“O mercado parece estar bem mais positivo do que o visto em 2020”, disse um corretor.

As usinas de açúcar da Índia produziram 11 milhões de toneladas de açúcar nos primeiros três meses do ano comercial 2020/21, alta de 42% na comparação anual.

O açúcar branco para março avançou 2,2%, para 430,30 dólares a tonelada, alcançando o mais alto patamar em quase um ano. O contrato teve alta de 17,2% no ano passado.

Café

O contrato março do café arábica fechou em queda de 2,1 centavos de dólar, ou 1,6%, a 1,2615 dólar por libra-peso, revertendo a tendência positiva do início da sessão, que havia levado o vencimento ao maior nível em quase quatro meses.

O primeiro contrato perdeu 1,1% no ano passado, muito em função da enorme safra do Brasil, maior produtor global, mas as perspectivas de uma safra menor neste ano têm ajudado a sustentar os preços.

A consultoria Pharos afirmou que as chuvas nas áreas de café arábica do Brasil em dezembro ficaram acima da média histórica de cinco anos para o mês, o que pode melhorar o panorama para a safra 2021.

O café robusta para março recuou 14 dólares, ou 1,0%, para 1.372 dólares a tonelada (Reuters, 4/1/21)