AGU gasta US$ 3,5 milhões para defender Alexandre de Moraes nos EUA
Foto Reprodução Blog Poder360
A Advocacia-Geral da União (AGU), instituição criada pela Constituição para defender o Estado brasileiro, assinou um contrato de até US$ 3,5 milhões (quase R$ 20 milhões) com o escritório norte-americano Arnold & Porter LLP, para blindar o ministro Alexandre de Moraes contra sanções aplicadas pelos Estados Unidos.
Segundo a própria AGU, a conta dessa defesa milionária poderá ser cobrada da família do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros alvos da Operação da Polícia Federal, sob a justificativa de que eles “provocaram ataques à soberania nacional”. As sanções americanas foram impostas ao CPF de Moraes, pessoa física, e não ao STF ou ao Estado brasileiro.
Ou seja, não existe nenhuma base constitucional para que a AGU, bancada com dinheiro público, funcione como advogado particular de luxo de um magistrado. A Constituição (art. 131) é cristalina: a AGU deve defender a União, seus interesses e agentes apenas quando agem em nome da instituição. Moraes não foi sancionado por um ato da Corte, mas por abuso de poder e violações de direitos humanos.
Na prática, a AGU transformou-se em um departamento pessoal de defesa de Moraes. Pior, pretende transferir a fatura para aqueles que o ministro persegue. Um surrealismo jurídico que subverte a lógica da lei e agride o princípio republicano. O povo brasileiro, já esmagado por decisões arbitrárias, ainda é obrigado a bancar um contrato milionário para que Moraes se proteja fora do país.
E como se não bastasse, o regime Lula quer fazer de seus opositores políticos culpados pelos custos dessa blindagem internacional. Essa manobra não é apenas um desvio de finalidade - é a prova de um Estado sequestrado, onde instituições deixam de proteger a nação para se ajoelharem diante de um único homem.
Um magistrado que, em vez de responder por seus próprios atos e pagar do próprio bolso por sua defesa, transfere a conta ao povo que persegue (Karina Michelin no X; 28/8/25)

