05/04/2021

CNC: Balanço semanal de 29/3/21 a 1/4/21

CNC: Balanço semanal de 29/3/21 a 1/4/21

Vanusia Nogueira poderá refletir modernização do setor na OIC

Legenda: Diretora da BSCA será indicada pelo Brasil como postulante à diretoria executiva da entidade

Na segunda-feira, 29 de março, o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou a indicação de Vanusia Nogueira, diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) como candidata do país para a diretoria executiva da Organização Internacional do Café (OIC). A eleição ocorrerá em abril de 2022 e o governo federal deve formalizar a candidatura nas próximas semanas.

De acordo com o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, a recomendação para a indicação de Vanusia foi consensual entre os elos da cadeia produtiva do café e o governo acolheu a proposta.

“Com ampla capacidade de atuação, trânsito internacional em todos os segmentos e conhecimento técnico, a doutora Vanusia é a liderança feminina que reflete os tempos atuais, de empoderamento e ocupação do merecido espaço no mercado, que entendemos como essencial para conduzir a OIC, em seu processo de modernização, a partir de 2022”, enaltece.

Ele completa que a indicação é o reconhecimento do trabalho e do profissionalismo que a diretora da BSCA tem como norte nessas praticamente duas décadas de atuação na cafeicultura mundial.

“A candidatura da doutora Vanusia também será reflexo de todo o trabalho que o Brasil exerceu na cafeicultura, com muito investimento em tecnologia e inovações, consolidando-se como o país mais competitivo e sustentável no mundo. Então, por que não ter alguém com esse know how à frente do principal organismo mundial do setor e ajudar a otimizar a produção cafeeira internacional?”, questiona.

Filha e neta de produtores e comercializadores de café, Vanusia Nogueira é Doutora em Administração, com ênfase em Marketing, pela Universidade Nacional de Rosario (Argentina). Formada em Tecnologia da Informação (TI) e Gestão pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), possui mestrados em Gestão e em Gestão Avançada de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), além de inúmeros cursos internacionais de especialização em Finanças, Gestão de Relacionamentos (CRM), TI, entre outros, concluídos nos Estados Unidos, Alemanha e Brasil.

SOBRE A OIC
A Organização Internacional do Café foi estabelecida, em Londres, em 1963, sob recomendação das Nações Unidas, devido à grande importância econômica da commodity. A entidade administra o Acordo Internacional do Café, cuja última atualização está em vigor desde 2 de fevereiro de 2011. É o principal organismo intergovernamental para o setor e reúne governos de nações exportadoras e importadoras para enfrentar os desafios da cafeicultura global, por meio de cooperação internacional. Seus Países-Membros representam 98% da produção e 67% do consumo mundial do produto.

 

Recurso recorde do Funcafé permitirá equilíbrio do mercado

Legenda: CNC entende que ampliação de capital para compradores equilibrará movimento de oferta e demanda durante toda a safra.

O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou, em reunião virtual realizada na segunda-feira, 29 de março, novo orçamento recorde de R$ 5,953 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2021/22. Outra novidade deliberada pelo fórum foi igualar as taxas de juros de todas as linhas de financiamento, que agora terão encargos de até 5,75% ao ano.

Segundo Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), entidade titular no colegiado, o aumento dos recursos se deu pela elevação R$ 242,9 milhões na linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), que teve seu volume total elevado para R$ 1,354 bilhão.

“Com safras médias volumosas produzidas pelo Brasil, entendemos que fomentar o poder de compra de industriais e comerciais é importante para gerar equilíbrio no mercado, de forma que não haja preços elevados além da realidade – o que seria negativo para o futuro ao incentivar novos plantios e inchar a oferta –, tampouco que os produtores não se deparem com cotações aquém dos custos de produção e possam ter rentabilidade”, analisa.

Do total aprovado pelo CDPC, além dos R$ 1,354 bi para FAC, R$ 2,208 bilhões foram destinados para a linha de financiamento de Comercialização; R$ 1,6 bilhão para a de Custeio, R$ 630,5 milhões para Capital de Giro e R$ 160 milhões para Recuperação de Cafezais.

“Os volumes destinados ao Custeio também permitirão que os produtores possam honrar seus compromissos durante o trabalho de ‘panha’ e escoar sua colheita ao longo dos 12 meses da safra, o que permite, exatamente, um bom planejamento para se obter a rentabilidade”, conclui o presidente do CNC (Assessoria de Comunicação, 1/4/21)