Embaixada dos EUA pressiona aliados de Moraes a o isolarem
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Mônica Bergamo
Órgão afirma que governo Trump está "monitorando a situação de perto".
A Embaixada dos EUA no Brasil divulgou mensagens ameaçadoras contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e contra "os aliados" dele "no Judiciário".
O órgão retuitou mensagem de um alto funcionário da diplomacia norte-americana, Darren Beattie, que diz o seguinte: "O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto".
Beattie é um acadêmico conservador que foi demitido da Casa Branca no primeiro mandato de Donald Trump, em 2018, depois de reportagens que mostraram a participação dele em uma conferência que tinha a participação de supremacistas brancos.
Na época, ele redigia discursos no governo.
Beattie divulgou a postagem na quarta (6), depois que Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro e em meio ao motim de bolsonaristas que tentaram impedir o funcionamento do Congresso para pressionar pela aprovação de uma anistia ao ex-presidente.
Bolsonaro será julgado em setembro na ação da trama golpista e pode ser condenado a penas que vão de 12 anos e seis meses a mais 43 anos de prisão.
Ele foi incluído ainda no inquérito que apura tentativa de coação e obstrução de Justiça aberto contra seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA militando por sanções de Trump contra o STF e o Brasil (Folha, 8/8/25)

