Faesp/Senar: Presidente passa à companheira representação do agro paulista
Tirso Meirelles, presidente sub judice da Faesp/Senar e sua companheira Juliana Farah. Fotos Reprodução Redes Sociais
Por mais estranho, inacreditável e inverossímil que possa e que deveria ser, a gestão de Tirso Meirelles, o presidente sub judice da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/SP, cujas eleição em dezembro/23 e auto posse em 14 de abril de 2024 foram anuladas por fraude e irregularidades pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, terceirizou a representação dos produtores rurais paulistas à sua companheira Juliana Farah.
Prova disto, têm sido as “festas” organizadas em cidades do interior do Estado de São Paulo organizadas e promovidas pelo grupo “Semeadoras do Agro” dirigido por Juliana Farah. E, para piorar, surgem agora denúncias da “internacionalização” de eventos sob a chancela do Senar que é mantido através de 0,2% da receita bruta da comercialização da produção rural da pessoa física dos produtores, assim como 0,25% da pessoa jurídica e 2,5% da folha salarial dos frigoríficos e das usinas de cana-de-açúcar.

Paulo Junqueira, presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto
“Não são evidências, são fatos fartamente documentados que na nossa opinião maculam a imagem dos produtores rurais paulistas e que deveriam exigir no mínimo a imediata fiscalização até do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União – TCU”, afirma Paulo Junqueira, presidente do Sindicato Rural e da Associação Rural de Ribeirão Preto e da Assovale – Associação Rural Vale do Rio Pardo.

Juliana Farah “palestrando” em evento na Bélgica patrocinado pelo Senar/CNA
Ele se refere a evento promovido na semana passada em Orlando, Flórida, EUA onde as logos da Faesp/Senar aparecem como patrocinadores e Juliana Farah como “palestrante”. Na sequência, Juliana Farah aparece como “palestrante” em evento promovido e patrocinado na Bélgica e também em anúncio de evento que será promovido no Paraguai.

A próxima “palestra” será em Assunção, Paraguai
Ao mesmo tempo, a Faesp/Senar tem investido com o patrocínio de eventos em São José do Rio Preto e Guaíra mas cancelou pagamentos devidos no mês de setembro sob a alegação de “déficit financeiro” bem como cancelamentos de dezenas de cursos já contratados para o mês de outubro.

Patrocínio de festas em Guaíra e em São José do Rio Preto ao mesmo tempo em que sindicatos rurais de Ribeirão Preto e Araraquara ficaram sem recursos do rateio do Senar que tem nestas duas regiões significativa arrecadação que obrigatoriamente e legalmente deveriam ser transferidas
Para piorar a situação, dois dos principais e mais expressivos sindicatos rurais que representam as commodities da cana-de-açúcar (Sindicato Rural de Ribeirão Preto) e da citricultura (Sindicato Rural de Araraquara) paulistas foram sumariamente e inexplicavelmente excluídas do rateio de verbas para cursos de formação e requalificação profissional ministrados pelo Senar no exercício de 2025.
João Henrique de Souza Freitas, secretário da Agricultura e vice-presidente do Sindicato Rural de Araraquara
“Fomos excluídos porque tivemos a coragem de tentar participar da eleição e não concordar com a gestão do presidente sub judice Tirso Meirelles e criamos o movimento “Nova Faesp”. Em represália e revanchismo, ele que no exercício de 2024 já reduziu em até 80% o montante das transferências obrigatórias, já que os recursos que mantém ambas as entidades provém das atividades dos nossos produtores rurais”, afirma João Henrique de Souza Freitas, secretário municipal da Agricultura e vice-presidente do Sindicato Rural de Araraquara.
Ele acrescenta lembrando que “nossos sindicatos representam 17 municípios que compõem o cinturão de produção das duas principais commodities agrícolas da economia paulista”. Tanto Paulo Junqueira quanto João Henrique afirmam não conhecer o atributo profissional de Juliana Farah para representar o agro paulista, principalmente no exterior, tão pouco a qualidade exigida de produtora rural, uma vez que até hoje os documentos da chapa de situação não foram disponibilizados.
“Tive o desprazer de assistir a uma palestra dela em Ribeirão Preto. Foi horrível, pura autopromoção, não trouxe nenhum assunto relevante e, para piorar, um número expressivo das mulheres participantes do evento não eram produtoras rurais. Conversei com algumas que não se identificaram com as verdadeiras mulheres que dignificam o excelente trabalho que desenvolvem em suas propriedades rurais”, afirma João Henrique.
Ele também questiona qual a formação profissional de Juliana Farah: “Com certeza não é engenheira agrônoma e nem médica veterinária, não demonstra nenhum conhecimento da realidade das atividades do agro, não conhece nossos problemas e, com absoluta certeza e convicção, não tem nenhuma credencial ou mérito para nos representar”.
Já Paulo Junqueira acrescenta que “os produtores rurais precisam ter profundos conhecimentos sobre tecnologia, inovação, produção, produtividade, economia, formação de preços, mercados e tendências, dentre outras. Precisam estar conectados com questões sociais, econômicas e climáticas, pois os desafios que enfrentamos diariamente são imensos. Estou de acordo com o João Henrique quando defende que falta para esta senhora qualificação para que nos represente e fale em nosso nome. Nossos sindicatos não lhe conferiram nenhuma procuração neste sentido”.
“Questões de relevância como o embate entre os produtores de cana através da Orplana e os usineiros através da Única – União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia no âmbito do Consecana estão na iminência de serem resolvidos graças ao trabalho de Paulo Junqueira. Em nenhum momento a Faesp ou seu presidente sub judice vieram a público para defender os interesses dos produtores de cana’, denuncia João Henrique.
Tanto Paulo Junqueira quanto João Henrique lembram que “para praticar a medicina, o profissional tem que ter a formação médica; o engenheiro, da engenharia; o advogado do direito; o professor da pedagogia e assim por diante. Efetivamente Juliana Farah, demonstra outras qualidades em suas “festas” organizadas com recursos pagos pelos produtores rurais. A única virtude em sua auto avaliação: estar companheira de Tirso Meirelles presidente sub judice da Faesp/Senar”

Produtores rurais das regiões de Ribeirão Preto e Araraquara tem ouvido anúncios na Rádio CBN de Ribeirão Preto divulgando convites e ações patrocinadas pela Federação da Agricultura do Estado de São Paulo e pelo Senar.
Os textos divulgados pela emissora convidam aos interessados em cursos de qualificação e requalificação profissional rurais que procurem os sindicatos rurais de suas cidades para inscrições gratuitas: “É mais uma fraude e diariamente somos procurados em nossos sindicatos e nossos colaboradores são obrigados a dizer que nossas entidades foram excluídas do rateio das verbas do Senar”, afirmam.
Os anúncios patrocinados pelo Senar tentam demonstrar que a entidade e a Faesp estão preocupadas com os efeitos das queimadas, muito comuns nesta época de seca no interior paulista. “Estranhamos já que nesta importante questão ambiental, a Faesp não fez absolutamente nada de concreto, até porque ela não mantém nenhum acordo projeto no âmbito da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento”, denunciam.
Eles também enaltecem o recente esforço de Paulo Junqueira e da sua equipe para em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura e da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística para a implementação de novas regras para os produtores rurais paulistas afetados pelos incêndios.
Trata-se de propaganda enganosa que é um crime previsto no Brasil pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), com a pena de detenção de três meses a um ano e multa, conforme o art. 67 do CDC. A publicidade enganosa está definida no art. 37 do mesmo código, é aquela que contém informações falsas ou omissões capazes de levar o consumidor a erro.
Sumário: O que é propaganda enganosa?
- É qualquer publicidade, seja ela total ou parcialmente falsa, que tenha a capacidade de induzir o consumidor em erro, confundindo-o sobre as características, qualidade, quantidade ou origem de um produto ou serviço.
- A omissão de informações importantes também caracteriza a propaganda enganosa, como o caso de um medicamento que não divulga efeitos colaterais ou de um produto sem informação sobre alergênicos.
Qual a punição para quem comete este crime?
- A pena prevista é de detenção de três meses a um ano e multa.
Quem pode ser responsabilizado?
- Não apenas a empresa que contratou a publicidade, mas também a agência que a produziu podem ser responsabilizadas legalmente.
O que fazer em caso de propaganda enganosa?
- Se você se sentir lesado por uma propaganda enganosa, pode buscar os seus direitos, sendo que o dano pode ser individual e até coletivo, afetando a comunidade de consumidores (Da Redação e IA; 30/9/25)

