Funcionário do governo Trump a Moraes: "medidas cabíveis" vão continuar
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Foto Rosinei Coutinho STF
Publicação reitera acusação de "abuso de autoridade" ao ministro do STF
O Subscretário da Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, falou sobre o 7 de setembro em uma publicação em seu perfil no X.
"Ontem marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso em apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça", escreveu Beattie. E continuou com uma mensagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes: "Para o ministro Alexandre de Moraes e os indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado essas liberdades fundamentais – continuaremos a tomar as medidas cabíveis."
Dentro do Departamento de Estado americano, Beattie é o responsável por lideraros esforços para expandir e fortalecer as relações entre os americanos e os cidadãos de outros países.
Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes
No final de julho, o governo dos Estados Unidos aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, acusado por autoridades americanas de realizar uma "caça às bruxas", praticar censuras e violar direitos humanos.
Em um comunicado justificando a aplicação da lei, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que Moraes "assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.
“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos", adicionou.
Marco Rubio, chefe da diplomacia dos Estados Unidos, também disse que Moraes cometeu graves violações dos direitos humanos e alertou: "Que este seja um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas — as togas judiciais não podem protegê-los".
De acordo com comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA, com a aplicação da Lei Magnitsky, todos os bens e interesses de Moraes que "estejam nos Estados Unidos ou em posse ou controle de cidadãos americanos" estão bloqueados e devem ser reportados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.
Além disso, quaisquer entidades que sejam de propriedade, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, de 50% ou mais de Moraes também estão bloqueadas (CNN Brasil, 8/9/25)

