29/10/2025

Lula, protetor do narcotráfico? — Por Paula Sousa

Lula, protetor do narcotráfico? — Por Paula Sousa

Lula - CNN Brasil

A cada nova aparição pública, Lula parece superar a habilidade de transformar os absurdos que diz em algo completamente comum. A pérola mais recente — a de que traficantes são "vítimas dos usuários" — poderia ser visto como apenas mais uma de suas besteiras.

No entanto, essa declaração surge exatamente no momento em que vemos o aumento da violência no Brasil, com criminosos utilizando drones armados no Rio de Janeiro. E isso, pouco tempo depois do governo petista ter negado um pedido oficial dos EUA para classificar o PCC e o CV como organizações terroristas.

 

Sinceramente? Isso não me surpreendeu.

Para aqueles que acompanham a trajetória de Lula e do PT, a declaração de que traficantes são "coitadinhos" e "vítimas" é apenas a cereja do bolo de uma longa e indigesta relação de cumplicidade com o crime organizado. Lula sempre esteve ao lado do que há de mais repugnante, abjeto e nojento no mundo: traficantes, ditadores, terroristas. Qual é a surpresa nessa declaração?

 

O Timing perfeito

 

Facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) já dominam partes cada vez maiores do país. Um estudo recente da Universidade de Cambridge revelou que 26% da população brasileira vive sob o controle de facções criminosas (PCC e CV). Isso significa que mais de 50 milhões de brasileiros estão sujeitos às regras impostas pelas “vítimas” de Lula.

 

O timing da declaração de Lula na Malásia – de que traficantes são "vítimas" – não pode ser mera coincidência. Ela foi dita antes do tão aguardado encontro com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que declarou guerra contra o narcotráfico, mobilizando seu exército e a CIA para enfrentar os cartéis de drogas sob o controle de Nicolás Maduro.

 

O recado de Lula é muito claro: enquanto os EUA declaram guerra ao narcoterrorismo, ele tenta "humanizar" esses criminosos para desacreditar as ações americanas. Acham que Trump e Marco Rubio foram enganados por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo? Me poupem! A verdade é que a iminente delação de Carvajal, que foi o braço-direito de Hugo Chaves, está prestes a provar o que todos nós já sabíamos.

 

A Ausência de Apoio

 

O que presenciamos hoje no Brasil é a "tempestade perfeita", segundo a definição do próprio governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. O sistema parece estar programado para defender o narcotráfico em uma combinação letal: decisões judiciais que impedem a polícia de atuar regularmente nas comunidades, o infame "prende e solta" das audiências de custódia em 24 horas e, agora, a desqualificação de crimes graves — como o porte de fuzil — para simples tráfico, transformando penas de 34 anos em apenas 8 meses de prisão.

 

Nesse cenário, o Rio de Janeiro se torna o epicentro do abandono. O governador declarou ter solicitado o auxílio das Forças Armadas por três vezes para megaoperações. A resposta? NÃO. A desculpa é que seria necessário decretar uma GLO para que as Forças Armadas pudessem agir, algo que o presidente Lula "já se manifestou contra" em declarações amplamente divulgadas pela mídia.

 

Não se tratou de um caso isolado. O ministro da Defesa também havia descartado o uso de blindados em uma ação importante contra o Comando Vermelho. O resultado é um paradoxo revoltante: o governo federal se recusa a fornecer os recursos necessários para o combate, enquanto isso, o Ministério Público Federal exige que o governador justifique as mortes ocorridas durante a operação da polícia estadual contra os "meninos do Lula". O estado se vê em uma situação de impotência e, quando toma medidas, é punido.

 

A negligência federal não é só na GLO; ela é sistêmica. À medida em que o narcotráfico se fortalece, o Exército brasileiro não tem dinheiro nem para abastecer seus veículos. A conclusão é inevitável: Lula entregou o país nas mãos do crime organizado e tornou-se seu porta-voz.

Mas, claro, tudo isso não passa de uma coincidência. Os idosos que carregam uma bíblia debaixo do braço e rezam em frente aos quartéis são os verdadeiros criminosos.

 

A Teia Internacional: FARC, Foro de São Paulo e “El Pollo” Carvajal

 

A conexão entre esses grupos começa em 1990, com a criação do Foro de São Paulo (FSP) por Lula e Fidel Castro. A organização foi acusada de abrigar grupos como as FARC, uma guerrilha marxista financiada pelo narcotráfico, que foi membro oficial do Foro até 2002.

Documentos vazados da ABIN em 2005 indicaram uma oferta de US$ 5 milhões do narcotráfico, via FARC, para financiar campanhas eleitorais do PT em 2002. A recusa em se classificar como FARC como terroristas e a contratação da esposa do porta-voz do grupo no Brasil por um ministério durante o governo Lula aumentou as desconfianças de conivência.

 

Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe da inteligência venezuelana e braço direito de Hugo Chaves, fez com que o escândalo ganhasse notoriedade internacional. Após ser extraditado para os EUA, Carvajal declarou em junho de 2025 que Maduro é o chefe do "Cartel de Los Soles" e confirmou que o governo venezuelano funciona como um narcoestado.

Em sua confissão, ele reconheceu sua culpa tanto no narcoterrorismo quanto, de forma significativa, no fornecimento de armas às FARC — o mesmo grupo com vínculos históricos com o Foro de São Paulo, estabelecendo a conexão entre o narcoestado venezuelano e a guerrilha colombiana.

 

Essa denúncia atinge o Brasil de forma devastadora. Antes mesmo de sua confissão nos EUA, Carvajal já havia declarado à Justiça espanhola em 2021, alegando que o governo venezuelano financiou ilegalmente movimentos de esquerda por mais de 15 anos, citando nominalmente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos beneficiários.

Com a expectativa de que Carvajal entregue as provas que ligam o dinheiro do narcotráfico ao poder no Brasil, a fala recente de Lula em "humanizar" traficantes e sua recusa em classificar facções criminosas como terroristas são vistas como ações alinhadas a uma profunda cumplicidade com essa agenda narco-ideológica.

 

Conclusão

 

Lula nunca escondeu de que lado estava. Sempre esteve ao lado de traficantes, terroristas e o que há de pior no Brasil e no mundo. Agora, em 2025, seu governo está tomando medidas para legitimar o narcotráfico: recusando-se a classificar facções criminosas como grupos terroristas e "humanizando" criminosos.

O pânico que o país vive hoje não é por acaso; é o resultado direto e violento de um governo que optou por apoiar aqueles que disseminam o terror, em vez de apoiar o trabalhador pagador de impostos.

 

A cumplicidade de quem vota na esquerda é evidente. Não há mais espaço para a ignorância em um momento em que a informação é descentralizada e os fatos são evidentes. Assistir ao Rio de Janeiro em chamas, presenciar a destruição de famílias pelo vício e pela violência e continuar acreditando nas baboseiras despejadas diariamente por Lula — que culpa o capitalismo, os EUA ou a direita — já não é ingenuidade, é mau caratismo.

 

Não existe meio-termo: apoiar Lula hoje, ou se trata de uma falha intelectual profunda ou de uma falta de caráter. É cúmplice do que aconteceu hoje no Rio. É compactuar com a destruição de famílias pelas drogas e com a violência que sangra o país. A história está sendo escrita agora, é inaceitável a desculpa de “falta de informação”.

 

“Brasil não combate o crime porque o crime está no poder. Quando bandidos mandam no estado, a corrupção deixa de ser exceção e vira política social” Nayib Bukele – Presidente de El Salvador (Paula Sousa é historiadora, professora e articulista; 29/10/2025)