Manifesto pela Nova Representação do Agro Paulista

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Carta Aberta aos Produtores Rurais do Estado de São Paulo e à Sociedade Civil
É com senso de justiça e urgência que nos manifestamos em público para expor a crise de representação na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) e conclamar a união em torno de uma nova entidade verdadeiramente comprometida com os produtores paulistas. Por meio desta carta aberta, denunciamos as graves falhas e abusos da atual gestão da FAESP e defendemos a criação da Federação Paulista dos Produtores do Agro (FPPA), sob liderança de Paulo Junqueira, como alternativa moderna e legítima para representá-los.
Falhas da Atual Gestão da FAESP
Os produtores rurais de São Paulo enfrentam descaso e descontentamento com a direção atual da FAESP. As críticas acumulam-se em vários aspectos, evidenciando a necessidade de mudança urgente:
Feudo familiar e falta de democracia:
A FAESP foi transformada em um feudo familiar, dominado há décadas por uma oligarquia resistente à renovação e à prática democrática. A dinastia Meirelles, que ocupou o poder por quase meio século, trata a instituição como sua capitania hereditária, recusando avanços e novas lideranças.
Fraude eleitoral e ilegitimidade:
A última eleição interna, na qual Tirso Meirelles buscou suceder seu pai, foi anulada pela Justiça devido a fraudes e irregularidades comprovadas. Mesmo assim, Tirso continua ocupando a presidência de forma sub judice, sem mandato válido, o que abala completamente a legitimidade da atual gestão.
Falta de transparência e omissão:
Desde a anulação de sua eleição, a diretoria da FAESP não ofereceu qualquer esclarecimento público sobre as denúncias de irregularidades apresentadas pela oposição. O presidente sub judice tem se recusado a participar de debates abertos com os sindicatos rurais ou mesmo a convocar uma coletiva de imprensa para explicar os fatos.
Perseguição política a opositores:
O que se vê é uma perseguição institucional contra aqueles que ousam questionar o clã Meirelles. Produtores e líderes sindicais estão sendo assediados e até ameaçados de expulsão por manifestarem oposição legítima. A tentativa de expulsar Paulo Junqueira dos quadros da FAESP – líder do movimento de oposição “Nova FAESP” – é um exemplo claro desse abuso de poder, configurando um golpe contra todos os produtores que desejam uma representação honesta.
Ingerência política e falta de objetividade:
Sob a atual gestão, a FAESP parece servir a interesses alheios aos produtores. Tirso Meirelles demonstra pouco interesse pelas demandas reais do agro paulista e chega a recorrer a métodos inadequados para tratar de temas importantes. Suspeita-se, inclusive, de suas ligações políticas com grupos contrários aos valores do agronegócio, indicando possível ingerência externa. Por que o presidente da FAESP teria laços com políticos opostos à agenda do agro livre e produtivo?
Má gestão financeira e nepotismo: São públicas as denúncias de irregularidades e desvios de recursos na administração da FAESP. Um inquérito civil do Ministério Público apurou atos de nepotismo indisfarçável cometidos pelo então presidente Fábio Meirelles (pai de Tirso), incluindo a contratação de seus próprios filhos e parentes com salários exorbitantes pagos pelos cofres da entidade.
Em resumo, a FAESP atual encontra-se divorciada dos anseios de sua base. Os produtores rurais paulistas, que sustentam o agronegócio e a economia, estão desamparados por uma entidade capturada por um pequeno grupo. Não se trata de um conflito interno qualquer, mas de um ataque à própria essência da representação de classe.
A Necessidade de Uma Nova Federação Representativa

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Diante desse cenário de falta de transparência, ingerência política e má gestão, é imperativo buscarmos um novo caminho. Todos os esforços de oposicionistas internos para corrigir o rumo têm sido sufocados pelo aparato de poder do clã dominante. As instituições democráticas no âmbito da FAESP estão comprometidas – vide a anulação judicial da eleição fraudulenta e a continuação de práticas autoritárias.
A resposta que se impõe é não: Não podemos mais permanecer sob uma federação tão desvirtuada. Quando uma entidade que deveria unir e representar passa a trair a confiança de seus representados, é hora de reconstruir fora dela. Se a FAESP deixou de pertencer aos produtores para servir a uma família e seus apadrinhados, então é dever dos produtores tomar em suas próprias mãos a tarefa de criar uma nova representação.
Nasce assim a ideia de fundarmos a Federação Paulista dos Produtores do Agro (FPPA). Esta nova entidade é concebida para ser tudo aquilo que a FAESP deixou de ser: moderna, eficiente, transparente e politicamente articulada. A FPPA surge para unir os sindicatos rurais, associações e produtores individuais que desejam uma defesa real de seus interesses, sem amarras a jogos de poder familiares ou partidários.
A Liderança de Paulo Junqueira

Paulo Junqueira- Foto Kaique Oliveira AgroTalk
Sob a liderança de Paulo Junqueira, advogado, produtor rural e presidente do Sindicato Rural e da Associação Rural de Ribeirão Preto e da Assovale – Associação Rural do Vale do Rio Pardo, a FPPA se legitima já pelo histórico de luta e compromisso dessa liderança com o agro paulista. Paulo Junqueira foi o primeiro a se levantar contra os abusos na FAESP, construindo a oposição “Nova FAESP” de forma legítima e corajosa.
Sua atuação tem sido pautada pela objetividade nas demandas do setor e pela articulação política inteligente. Prova disso foi sua participação decisiva, junto ao Governo do Estado, para garantir a renovação de benefícios fiscais a várias cadeias produtivas – medida esta conquistada por meio de diálogo técnico e influência positiva.
Uma Representação Moderna, Transparente e Articulada
A FPPA se propõe a reconquistar a confiança dos produtores rurais e da sociedade, baseando-se em princípios sólidos:
1. Gestão democrática e moderna
2. Eficiência na defesa do setor
3. Transparência e ética absoluta
4. Articulação política com independência
Convite à União e à Ação
Produtores rurais paulistas, a hora da decisão é agora. Nós, que labutamos no campo e alimentamos este país, não podemos mais aceitar uma representação fraca ou corrompida. É momento de nos unirmos em torno de uma nova entidade que realmente nos orgulhe e defenda. Cada sindicato rural, cada cooperativa, cada agricultor e pecuarista é chamado a somar forças na FPPA.
Conclusão: Pelo Agro, Pela Verdade e Pela Liberdade
Foto Getty Images iSrockphoto
Este manifesto é um grito de alerta e de esperança. Alerta contra a continuidade de um sistema falido na FAESP, que – se não for contestado – colocará em risco todo o agronegócio paulista. E é esperança na medida em que propõe uma solução concreta: a união dos produtores em torno de uma nova federação limpa e forte.
Conclamamos todos os produtores rurais, trabalhadores do campo, líderes sindicais, associações e entidades irmãs que se preocupam com o futuro do agro a se juntarem a nós nessa iniciativa. Juntos, vamos restaurar a legitimidade e a ética na representação de classe.
Pelo agro, pela verdade e pela liberdade, unamo-nos em torno da FPPA!


