Modelo petista de crescimento implica em aumento na dívida

Foto Reprodução Blog Metrópoles

Por Rita Mundim

Cenário atual revela uma situação preocupante nas contas públicas, já que mostra uma piora nos gastos em relação ao tamanho da receita.

O crescimento dos gastos públicos, especialmente com benefícios sociais, tem levado a um aumento expressivo no endividamento do país. Segundo a comentarista de Economia da CNN Rita Mundim, no CNN Arena, "o modelo petista de crescer implica em aumento no endividamento".

A relação entre dívida e PIB (Produto Interno Bruto) atingiu 77,5%, ou seja, o país deve 77,5% do PIB. Isso representa um salto em relação ao patamar de 71,7% registrado no final do governo de Jair Bolsonaro (PL).

O cenário atual revela uma situação preocupante nas contas públicas, já que, segundo Mundim, mostra "uma piora nos gastos em relação ao tamanho da receita".

O déficit nominal, que estava em R$ 460,4 bilhões, escalou para R$ 1,12 trilhão, mesmo sem a presença de fatores extraordinários como a pandemia. Como consequência direta, o pagamento de juros da dívida saltou de R$ 448 bilhões em dezembro de 2021 para R$ 950 bilhões em dezembro de 2024.

Histórico do endividamento

A trajetória da dívida pública brasileira mostra variações significativas ao longo dos últimos anos. Em janeiro de 2015, durante o governo da presidente Dilma (PT), a relação dívida/PIB estava em 57,2%, subindo para 69,3% em agosto do mesmo ano. A comentarista relembra que, no período da pandemia, o indicador chegou a atingir 87,7% em janeiro de 2021, devido aos gastos emergenciais.

Para Mundim, um dos aspectos mais preocupantes é a queda nos investimentos públicos, que diminuíram de 2,8% para 2%. Isso significa que, enquanto o país aumenta seu endividamento e paga mais juros, reduz sua capacidade de investir em serviços essenciais como educação, saúde e segurança (CNN Brasil, 21/10/25)