O circo cheio de hipocrisia movido a diesel – Por Paula Sousa
Flop Movida a Diesel Foto Divulgação Internet
O Brasil, em um surto de grandiosidade verde-vermelha, decidiu sediar a 30ª Conferência do Clima da ONU. O resultado? O que a mídia internacional já chamou, com precisão cirúrgica, de “Flop 30”. O evento, promovido como a redenção do planeta e palco do “protagonismo” do governo atual, transformou-se em um espetáculo deplorável de desordem, cinismo e hipocrisia.
O que deveria ser um encontro sério sobre a urgência climática e a transição energética se transformou em uma festa da elite globalista, bancada — claro — com recursos do povo brasileiro, que nem acesso ao saneamento básico possui.
Boulos, ursos polares e a invasão da Amazônia
Na abertura, ficou evidente o tom “sério” do evento, com Guilherme Boulos comemorando a “participação popular” e o “protagonismo” lulista. Ao mesmo tempo, a população do Pará não tem um local adequado para fazer suas necessidades. O Estado possui um dos menores IDHs do país, além de um dos mais altos índices de violência.
Mas o ponto alto da palhaçada ocorreu na Green Zone, onde o mundo presenciou a essência da encenação ambientalista: atores fantasiados de animais, no pior estilo “Carreta Furacão”, se arrastando pelo chão. Urso polar na Amazônia, girafa... A exatidão científica desse grupo é realmente impressionante.
A cena é patética e triste, mas também reveladora. Para os críticos, essa apresentação não é apenas uma palhaçada, mas um aviso sobre o que essa agenda esconde: a transformação do ser humano em um "vírus" ou "parasita" do planeta. Uma perspectiva anti-humana, obscura e disfarçada de preocupação ambiental. No final das contas, somos nós o “carbono” que eles pretendem reduzir.
Mesmo assim, essa turma se acha no direito de pregar sobre transição energética. O cientista Luís Carlos Molhon, com mais de 50 anos de estudos, lembrou que a influência humana no clima global é mínima diante dos grandes sistemas naturais: oceanos, vulcões, placas tectônicas, sol. O homem ocupa 6% da superfície terrestre — e 71% do planeta é oceano. Culpar a indústria humana por mudanças climáticas em escala global é uma desculpa esfarrapada para justificar controle, pobreza e atraso.
Diesel, obra e o mapa: A hipocrisia no volume máximo
A ironia chegou ao ápice quando se descobriu que a conferência da “energia limpa” funcionou com 160 geradores a diesel da Petrobras (como foi amplamente noticiado). Sim, a COP da “descarbonização” movida a diesel puro. Surreal!
E o desperdício não para:
- O evento teve um custo superior a R$ 5 bilhões aos contribuintes;
- Derrubaram árvores em plena Amazônia;
- Belém, cidade com baixo IDH e problemas graves de saneamento, teve recursos drenados para bancar a “elite salvadora do planeta” que finge não ver a miséria local.
Enquanto isso, Al Gore, Greta Thunberg, Leonardo Di Caprio e companhia LTDA viajam o mundo em jatinhos, ostentam riqueza, mas querem proibir o povo de usar carro e comer carne. O propósito é óbvio: empobrecer a população para proteger os monopólios deles.
E como se o teatro não fosse suficiente, o IBGE divulgou um mapa-múndi com o Pará no centro, em “homenagem” à COP. Como se o país estivesse no centro do mundo. Na prática, essa ideia reforça o plano globalista de declarar a Amazônia como "patrimônio da humanidade" e, consequentemente, entregá-la ao controle estrangeiro.
O ex-ministro e a marcha da clientela bilionária
A hipocrisia ficou ainda mais evidente com as denúncias do ex-ministro Aldo Rebelo. Ele revelou o desfile das ONGs globais e suas fundações bilionárias:
“É a marcha da clientela das ONGs dos EUA, Inglaterra, Suécia, Noruega e suas fundações bilionárias.”
E citou as ministras:
- Marina Silva, que depois da marcha volta para seu conforto em São Paulo;
- Sônia Guajajara, que faz o mesmo, deixando a Amazônia — que tem os piores índices sociais do país — entregue ao abandono.
De acordo com Rebelo, essas pessoas realizam uma marcha “contra o progresso da Amazônia”, enquanto a região enfrenta problemas como pobreza, doenças e analfabetismo. Ele lembrou do fracasso político: nenhum dirigente do Mercosul ou dos BRICS esteve presente. Os Estados Unidos se retiraram do Acordo de Paris. A debandada total demonstra que a COP perdeu sua importância.
Rebelo resume bem:
“Qual é a prioridade de um africano que não consegue comer 100 gramas de carne por dia? Boicotar a pecuária?”
E conclui:
“Essa gente é cínica. Não respeita o povo brasileiro.”
O projeto é claro: impedir o Brasil de explorar suas riquezas, enquanto países como Guiana, Noruega e Inglaterra exploram petróleo sem vergonha alguma.
ONU detona: Vergonha, caos e risco de choque elétrico
Se faltava uma pá de cal, a própria ONU tratou de jogá-la. O emissário da ONU, Simon Stiell, enviou uma carta expondo as “preocupações urgentes” e o fracasso total da organização do evento. Tradução: passamos vergonha mundial e agora está documentada.
Entre os vexames:
- Manifestantes invadiram áreas restritas sem resistência — a PF, segundo relatos, foi instruída pela Casa Civil a não agir;
- Portões frágeis e equipe de segurança incompleta;
- Alagamentos expondo fios elétricos;
- Falta de ar-condicionado;
- Banheiros quebrados e sem descarga;
- Falta de comida e até papel higiênico;
- Delegações almoçando sorvete.
Um representante de Bangladesh resumiu:
“Isso é um grande evento? Sem ar-condicionado, sem refrigeração…Não dá para trabalhar.”
A COP 30, que deveria salvar a imagem do governo, virou um vexame internacional. A única saída honesta (e improvável) seria cancelar tudo, pedir desculpas e prometer nunca mais assumir algo desse porte.
No fim das contas, a “Flop 30” não foi só um erro logístico. Foi a prova viva de uma agenda ideológica falha, cara e contrária aos interesses do Brasil. A elite globalista posa de herói, o governo posa de protagonista, mas quem paga a conta — em dinheiro, vergonha e atraso — é o povo brasileiro (Paula Sousa é historiadora, professora e articulista; 17/11/2025)

