16/07/2025

Produtores rurais fazem vídeos de apoio a Bolsonaro em meio a tarifaço

Produtores rurais fazem vídeos de apoio a Bolsonaro em meio a tarifaço

 

Nota do Editor

 

Os produtores rurais estão se insurgindo e se organizando para, através de apoios ao ex-presidente Jair Bolsonaro, protestar contra o governo Lula que, na opinião deles, é o único culpado e protagonista da crise provocada com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Culpam também a insistente polarização de Lula desde o primeiro dia do seu governo que divide o País.

 

A inabilidade da diplomacia ideológica do Brasil, os juros escorchantes e abusivos, a escalada de aumentos dos incêndios e da devastação da Amazônia, fruto da desastrosa política ambiental do governo, e, mais as sucessivas e intermináveis denúncias de corrupção, desvios e a malversação dos recursos públicos, a falta de um projeto e de política uma política nacional e construtiva sócio-econômica, contribuem para criar este perverso clima de insegurança.

 

A todo este quadro há de se acrescentar as narrativas do presidente e dos cortesões bajuladores que o cercam. O último slogan anunciado neste final de semana é que o “Brasil é dos Brasileiros”. Enfim, uma verdade reconhecida pelos áulicos do poder, pois o País não pertence aos que assaltam os cofres públicos, dos que tentam defenestrar quem produz, gera renda e recursos, e dos incompetentes que à sombra do Judiciário destroem nossas instituições, enriquecem e envergonham a Nação.

 

“Movimento busca conter desgaste do ex-presidente diante do próprio setor.

 

Um grupo de produtores rurais está gravando vídeos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio às críticas pela sobretaxa de 50% ao Brasil anunciada por Donald Trump.

 

A ideia é fazer um movimento nas redes sociais para respaldar Bolsonaro, que enfrenta desgaste no setor agropecuário diante do tarifaço. Os vídeos estão sendo pedidos por meio de grupos no WhatsApp.

 

O governo Lula tem responsabilizado Bolsonaro, familiares e aliados pela aplicação da tarifa e apontado ser uma sanção política de olho nas eleições de 2026.

 

Ao anunciar a medida na semana passada, Trump citou diretamente o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e diz que se trata de uma "vergonha internacional" e "caça às bruxas".

 

Filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e aliados têm insistido que o tarifaço só recuará se houver uma "anistia ampla, geral e irrestrita".

 

Aliado de Bolsonaro, o presidente do Sindicato do Rural de Ribeirão Preto (SP) e da Associação Rural do Vale do Rio Pardo (Assovale), Paulo Junqueira, confirmou o movimento em apoio a Bolsonaro.

 

À CNN, ele disse não concordar com a vinculação da anistia ao recuo do tarifaço, mas buscou isentar o ex-presidente, dizendo que a responsabilidade da sobretaxa é do governo Lula.

 

"Para mim, que represento uma boa parte do agro, a culpa do tarifaço é do presidente Lula e da equipe dele que não está dialogando com os Estados Unidos. Bolsonaro deu paz e segurança jurídica para os produtores rurais", disse.

 

Em defesa de Bolsonaro, Junqueira diz que não foi o ex-presidente que pediu o tarifaço e afirma que Trump agiu em reação à Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.

 

Questionado sobre a divergência que há entre o agronegócio sobre o apoio a Bolsonaro, o ruralista disse que apenas o "agro faria limer" está criticando o ex-presidente.

 

"Só o agro business, o agro faria limer, que está contra. O agro produtor rural, que põe a mão na massa, que acorda cedo, está com Bolsonaro. Gostaria que Lula parasse de nos chamar de fascistas. Lula está provocando e nunca buscou contato com a maior potência do mundo", disse.

 

Sob reserva, ruralistas afirmaram à CNN incômodo com o pedido em favor de Bolsonaro e temem que o movimento inviabilize ainda mais uma solução para o impasse.

 

Parte do grupo também diz apoiar a iniciativa do governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de buscar se colocar como uma ponte para negociar uma solução com o governo Trump (CNN, Blog Jussara Soares, 15/7/25)”