01/12/2025

“SP: Festança com desvio de finalidade dos recursos dos produtores rurais”

Resort de luxo “Blue Tree Thermas de Lins” sedia evento da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar-SP pago com recursos dos produtores rurais paulistas. Ao mesmo tempo, o presidente sub judice Tirso Meirelles mantém dois dos principais sindicatos rurais do Estado – Ribeirão Preto e Araraquara, vítimas do revanchismo por apoiarem o movimento de oposição “Nova Faesp”, fora do rateio obrigatório dos recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem – Senar. E, mais, ambos os sindicatos sequer recebem notificações de atos oficiais da federação e são alijados de toda e qualquer iniciativa da federação.

Os produtores rurais das duas maiores e mais importantes regiões produtoras do agro paulista são obrigados a recolherem as taxas do Senar mas têm sido implacavelmente perseguidos e prejudicados por teimosia e revanchismo do presidente sub judice da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo Tirso Meirelles, cuja eleição e mesmo auto posse foram anuladas em dezembro/23 e abril/24 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ele é filho de Fábio de Salles Meirelles que, durante 48 anos ininterruptos comandou a Faesp/Senar-SP (Leia abaixo texto produzido pela IA Google sobre a “Dinastia Meirelles”)

“Lideranças do agro paulista comemoram conquistas em Lins”

 

Recursos desviados dos sindicatos que representam as duas maiores commodities do agro paulista e brasileiro (Ribeirão Preto, cana-de-açúcar e Araraquara, laranja) bancam “festança” em resort de luxo em Lins. Os produtores rurais destas regiões são consideradas pela Faesp/Senar-SP como “pessoas más trabalhando contra” e “se quiserem se candidatar democraticamente podem ganhar a eleição”. É mesmo? Foto Divulgação

“Artistas” recebem cachê pago com recursos dos produtores rurais paulistas, incluindo os das regiões de Ribeirão Preto e Araraquara, que são vergonhosamente discriminados por Tirso Meirelles, presidente sub judice da Faesp/Senar-SP. Foto Divulgação

Plenário vazio em evento “chapa branca” onde o presidente sub judice da Faesp/Senar-SP tenta apresentar relatório de atividades no exercício de 2025 e “perspectivas” para 2026. Foto Divulgação

 

 

O site oficial da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo publica o texto intitulado “Lideranças do agro paulista comemoram conquistas em Lins” e traz como subtítulo “Evento do Sistema Faesp/Senar e Sebrae serviu para apresentar as conquistas de 2025 e já antecipar os projetos para o próximo ano”.

O texto é acompanhado por centenas de fotos confirmando que o evento de Lins, a exemplo de outros promovidos pelo presidente sub judice Tirso Meirelles e sua companheira Juliana Farah, não passam de convescotes que unem o nada a lugar algum, segundo avaliação de dirigentes rurais que integram o movimento de oposição “Nova Faesp”.

“Até hoje, o presidente que teve sua eleição e auto posse anuladas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, não explicou o montante e a origem dos recursos para bancar estes eventos. E, no caso específico de Lins, faltou nominar quem são as lideranças do agro paulista que participaram do evento, o que e onde produzem. Seriam os mesmos que integraram a chapa cuja eleição foi anulada e que até hoje, em que pese decisão do Tribunal Superior do Trabalho de exibirem os documentos dos integrantes desta chapa, não o fizeram?”, questionam.

Outro abuso que salta aos olhos é que o evento de Lins apresentaria “as conquistas de 2025”. “Que conquistas seriam estas, já que a política imposta pelo presidente sub judice exclui do rateio de distribuição das verbas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar dois dos principais sindicatos rurais não apenas do Estado de São Paulo, mas do Brasil, que são os de Ribeirão Preto e Araraquara?”

“Ou consideram como “conquista” a exclusão arbitrária do quadro de representantes da federação uma das maiores e mais expressivas lideranças do agro paulista e brasileiro, que é Paulo Junqueira num processo suspeito e avalizado por dirigentes que se dizem produtores rurais mas que nunca o provaram. Tentaram processá-lo mas o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não aceitou nenhuma das denúncias. Todos sabemos quem são os infratores contumazes do estatuto e do código de ética da Faesp/Senar-SP”, perguntam.

Evento teve até “desconvite oficial”

O convite para o “convescote no resort de luxo de Lins” que excluiu os representantes dos produtores rurais das regiões de Ribeirão Preto e Araraquara” foi seguido de um “desconvite” redigido e distribuído nestes termos:

“Prezados(as) Presidentes e Coordenadores,

Escrevemos para fazer uma importante retificação em relação ao convite para o nosso evento, Encontro de Lideranças do Agro Paulista, enviado na data de ontem (11/11/2025). Por um equívoco de comunicação, o e-mail anterior indicava que o evento ocorreria nos dias 26 e 27 de novembro.

Gostaríamos de esclarecer e confirmar que o evento será realizado EXCLUSIVAMENTE no dia 27 de novembro.

Data Correta: 27 de Novembro de 2025

Horário: a partir das 09h

Pedimos sinceras desculpas pelo equívoco e por qualquer inconveniente que esta confusão possa ter causado.

Reforçamos que sua presença no dia 27/11 é muito importante para nós e que as inscrições devem ser realizadas até o dia 18/11/2025.

https://forms.office.com/r/sFhrqkdG8i

Caso tenha qualquer dúvida, por favor, entre em contato no tel/whatsapp 11 9.8887.0080”

IA Google: “Dinastia Meirelles”

A "dinastia Meirelles" na FAESP refere-se ao controle de décadas da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) pela família de Fábio de Salles Meirelles e, mais recentemente, por seu filho Tirso de Salles Meirelles. 

Contexto da "Dinastia"

·         Liderança de Longa Data: Fábio de Salles Meirelles presidiu a FAESP por quase 50 anos, de 1975 até 2024, quando passou o cargo para seu filho.

·         Sucessão Familiar: Em dezembro de 2023, Tirso de Salles Meirelles, que era vice-presidente, foi eleito para a gestão 2024/2027, garantindo a continuidade da família no comando da entidade. Fábio Meirelles permanece como presidente de honra.

·         Críticas e Controvérsias: O termo "dinastia" ou "clã" é frequentemente usado pela imprensa e pela oposição para criticar a concentração de poder na mesma família por tanto tempo, com relatos de disputas judiciais e acusações de que a entidade teria sido usada para favorecer interesses familiares.

·         Defesa: Os apoiadores, por outro lado, destacam o legado e a atuação da família no fortalecimento do agronegócio paulista e no desenvolvimento de programas de capacitação rural através do SENAR-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), que também é presidido por Tirso Meirelles. 

Em resumo, a expressão é utilizada para descrever a sucessão de pai para filho na presidência da principal entidade representativa dos produtores rurais de São Paulo, um fato raro e que gera debates sobre a gestão da federação (Da Redação, 1/12/25)