20/12/2017

Total quer abastecer a operação brasileira nos postos da Ale

Total quer abastecer a operação brasileira nos postos da Ale

No momento em que a BR Distribuidora retorna à bolsa, outra chama reacende no mercado de distribuição de combustíveis. Segundo o RR apurou, a francesa Total retomou, com interesse redobrado, o projeto de entrar no comércio retalhista no Brasil, por meio de aquisições. Neste caso, todos os caminhos parecem apontar numa só direção: a Ale.

 

A empresa tornou-se um balão solto nos céus depois que o Cade vetou sua venda para o Ultra/Ipiranga. Um cobiçado balão, ressalte-se. Graças ao órgão antitruste, a Ale segue como a última distribuidora de combustíveis de porte nacional ainda não fisgada pelas ‘big three’ do setor – BR, Ipiranga e Raízen. A companhia detém cerca de dois mil postos e aproximadamente 5% das vendas de combustíveis no país, o suficiente para lhe dar uma receita de R$ 12 bilhões no ano passado.

 

Nos idos de 2013, a Total chegou a manter tratativas com a Ale, mas as conversas ficaram pelo acostamento. A entrada no setor retalhista daria aos franceses uma operação integrada no Brasil, da exploração e produção à distribuição de combustíveis, passando pela área de refino e pelo desenvolvimento de derivados, notadamente lubrificantes.

 

Consultada sobre uma eventual negociação, a Ale não disse nem que sim nem que não. Declarou que "segue focada em seu novo plano de crescimento". A Total não se pronunciou (Relatório Reservado, 19/12/17)